sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Canção para Gabriela




Canção para Gabriela

Deixa pra lá
Venha ver
Minha mulher
Minha filha
que nasceu Gabriela

É mais do que um sonho
É mais do que um desejo
de ver uma flor nascer!

Walter Poeta

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Fim do Mundo, a profecia me alcança!





Estou vivendo a surrealidade do surreal! Sempre fui uma pessoas sensata e observadora, sempre procurei não alimentar muitas expectativas nas outras pessoas, nem esperar demais delas. Um dia li um texto de Shakespeare que dizia que o fato de alguém não nós amar da maneira que gostaríamos não significava que não nós amava com tudo o que podia. E fiz disso uma filosofia de vida, e fui convivendo harmoniosamente com tantas pessoas e amores. De repente me dou conta que as coisas não são tão simples assim como eu inocentemente quis tanto crer. Existem sim, pessoas que são capazes de sonegar amor, de mentir amor, de manipular o amor alheio, pasmem: existem pessoas que nem são capazes de amar. Na verdade sempre soube disso, mas era tão feliz ignorando essa realidade. E mergulhei de cabeça no amor, na entrega, na cumplicidade, na parceria, na compreensão e no respeito. E da maneira  mais inusitada sentir meu chão faltar, perdi a visão e os sentidos e por um pequeno momento que mais parecia a eternidade, fiquei congelada no tempo e nos acontecimentos. Congelei com a capacidade dissimulatória e egoísta de algumas pessoas. Será o tão anunciado fim do mundo que se aproxima? Se o mundo vai acabar, não sei! Mas meu mundo com certeza acabou. No momento sou apenas um amontoado de células e muitos sentimentos que ao poucos, quero crer, começaram a se fundir e formar um novo mundo pra mim. Onde espero não encontrar mais situações como essa. Alguém chega pra mim, depois de ter recebido meu inteiro e me diz que sou incompreensiva e intransigente porque não consigo mais lidar com sua incapacidade de se relacionar com outra pessoa, porque ela não sabe o que quer tampouco para onde quer ir, e mesmo assim quer que eu continuar seguindo esse caminho de incerteza em nome de um amor declarado? Um amor que nasceu numa terra impropria ao cultivo, que resistiu a seca, o mal tempo, o sol escaldante, que quase sufocou ao descaso, resistindo as pragas e ervas daninhas que insistiam em crescer ao seu redor... Resistiu até onde pode, mais embora tenha lutado bravamente para não desistir, num golpe certeiro do machado do jardineiro infiel, teve sua vida ceifada e sucumbiu. Não tem como evitar: cedo ou tarde o mundo vai acabar pra todo mundo, seja ele o real ou o ilusório!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Liberdade, conquistai!


Porque é tão difícil ser feliz com uma única pessoa? Porque achamos sempre que o outro não é suficiente pra nós? Me pergunto se a culpa é nossa ou do outro. Pra mim é problema nosso, que queremos um preenchimento que ninguém pode nos dá, apenas nós mesmos. Se achamos que o outro nos ama, nos acomodamos e esquecemos de ver se o outro está feliz com o que damos, ai começamos a ficar entediado com  a rotina da relação, rotina essa que também é culpa nossa, e começamos a procurar novidades dos lados, mas será que não podemos descobrir coisas novas no lugar onde estamos? Porque somos tão egoístas e queremos o outro junto, olhando apenas para nós e nos permitimos olhar em todas as direções. Acredito mesmo que para as coisas darem certo é importante o respeito mutuo, é permitir ao outro o me é permitido, é dar ao outro o que queremos receber. Você não só pode, como deve viver intensamente sua vida, pois é apenas uma, correto? Então se permita, experimente, descubra e seja feliz! Mas quando escolher alguém pra caminhar junto com você, permita-a tudo isso também. Não faças como fazem algumas pessoas, que encantam e deixam dentro da torre, impedido de ver o sol para que não possam se apaixonar por seu fulgor. Mas hoje o canto de um pássaro pode despertar os que dormem e será  uma questão de tempo até que consiga encontrar a porta de saída, seguir em frente, sempre, até o ponto que ao olhar pra trás, não tenha mais o que ver. 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Abençoada Ignorância.



Ignorância: S. f. Falta geral de conhecimento, de saber, de instrução.
Inocência: S. F. Estado daquele que não pratica o mal conscientemente; viver na inocência.
Ausência de culpabilidade: a inocência de um acusado.




         Percebo quando olho ao redor, que a ignorância é algo que incomoda e segrega muitas pessoas, em um movimento perpendicular, partindo tanto de quem a possui como de quem acha que não a tem. No entanto me pergunto, quem não é ignorante, quem, consciente ou não, não se sente feliz diante dela em determinados momentos? Tem coisas que prefiro não saber, tem coisas que gostaria de nunca ter sabido. A consciência das coisas acarreta muita responsabilidade e quase sempre nos impulsiona a tomar decisões, decisões que as vezes alteram nossa rotina e nossa paz. Eu, por exemplo, gostava mais quando não tinha conhecimento de um  'monte' de coisas, era mais feliz. Então por que se incomodar tanto com a ignorância dos outros, A ignorância anda junto com a inocência, e elas quase sempre nos tornam livres, afinal nos livra da culpa, não se pode ter sentimento de culpa, quando não se tem consciência do erro.  Infelizmente ou felizmente, a consciência é o que nos define a humanidade, somos humanos por sermos detentores dela, será? Enfim, gostaria, quase sempre, de ser abençoadamente ignorante e viver sem tantas amarras, tantas cobranças, tantas culpas, tantas... tantas... tantas...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um cantinho só pra mim


As vezes tudo que precisamos é de um momento só nosso, um lugar só nosso, um encontro intimo conosco. Gosto de estar cercadas de pessoas que deem movimento aos meus dias. Mas tem dias, não raros, nos quais minha companhia me basta. E não sou daquelas companhias silenciosas e cordatas, me questiono, me cutuco e  provoco em mim atritos. Tem pessoas que temem desesperadamente o estar sozinho, talvez porque ainda não descobriram quão agradável pode ser estarem em companhia delas mesmas, talvez porque tenham medo de olhar pra si e ver que estão abandonadas, não pelo mundo, por si mesmas. Gosto de olhar pra dentro e ver que tenho tanto a me propor, tantas coisas a me dizer, coisas tantas que quero enterrar. Mas não apenas abrir um buraco e colocar tudo de incomodo dentro, estou velando as experiencias, chorando seu fim (porque tudo graças a Deus um dia finda) fazendo todo o ritual e sepultando, pra nunca mais ressuscitá-las. E tenho aprendido tanto com esse processo, tenho descobrido que tantas certezas mudaram, que tantas certezas absolutamente idiotas, não possuem um sequer fundamento que as mantenham de pé, certezas essas que um dia julguei inabaláveis, outras no entanto estão mais definidas, mais maduras e fincadas nas minhas entranhas. Rabisco o que sinto, as vezes o que penso que sinto e assim vou me descobrindo, me decifrando, me traduzindo para as línguas que se interessem comigo dialogar.